terça-feira, 31 de julho de 2012

Sopro Esvaído Apelidado de Morte - Autor Dymas Cyryllo




Sopro esvaído apelidado de Morte
(Autor: Dymas Cyryllo)

Uma lacuna aberta é uma vida findada
É um espaço inerte, algo vazio
É Saudade na penumbra, mundo sombrio
É certeza que a estada fora acabada
É retorno ao pó, matéria tragada
Tudo volta pra forma que se iniciou
Das entranhas de um ser outro ser brotou
De repente um ciclo da vida se encerra
Voltamos pro ventre agora da terra
É a morte dizendo que tudo acabou;

Na paisagem o ser não está mais
A figura não consta mais na bela tela
É flor despetalada da primavera
Seu nome constará para os anais
Temos que perecer pois somos mortais
Tudo volta pra forma que se iniciou
Das entranhas de um ser outro ser brotou
De repente um ciclo da vida se encerra
Voltamos pro ventre agora da terra
É a morte dizendo que tudo acabou;

Da mangueira Jaci desmanguezou
No cajueiro Jaci não mais está
Do limoeiro os frutos não vai catar
Os cachorros perderam o seu amor
As lembranças agora foi o que restou
O tempo é sanativo que vai nos curar
Porque a dor da perda dói sem parar
Partiste Jaci pro seio da terra
Dizendo pra todos que a vida se encerra
Através dos meus versos vou sempre lembrar;


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