Poeta sem viola
(autor: Dymas Cyryllo)
Confesso a você que não sou repentista
Sou modesto e humilde apenas escritor
Verso a natureza a beleza o amor
Mais de mil poesias eu tenho na lista
Minha coletânea se perde de vista
Tudo que vejo quero registrar
Não quero na terra passar por passar
Vou deixar minha marca e todos meus
feitos
Minha autenticidade e os meus trejeitos
Pra os meus sucessores poder estudar;
O trauma que tenho é não tocar viola
Pra todos meus versos poder adornar
Fundindo a Melodia e com a letra casar
Ver a métrica e a rima dentro da escola
Porque a cultura cada dia piora
Nosso ouvido só serve pra emprenhar
Fazem eles de pinico querendo cagar
Um fingem que canta outros que gosta
Tem musica ruim que é pura bosta
Só falta o mau cheiro pra completar;
Se tudo que escrevo fosse tocado
Poesias escritas em forma de canção
Ao som de viola com afinação
O cabra ficava com os dedos inchados
Porque são mais de mil que tenho
versado
Não paro porque não posso parar
Fico impaciente quero registrar
Porque se parar eu não aguento
Eu corro veloz, veloz contra o tempo
Porque sou das hostes de Taperoá;
Sou Dymas Cyryllo não sou ariano
Eu me assumo sem me Assunar
Tenho algo em comum , talvez o lugar
Nós temos o sangue de paraibanos
Divergimos na idade , que são muitos
anos
Mas para o sertão sabemos versar
Coincide os assuntos no saber abordar
Sou apaixonado pela minha vida
E Ele pelo Alto da compadecida
Que na Rede Globo veio se mostrar;
Por enquanto estou no anonimato
Mas no topo do mundo eu vou chegar
Porque tenho sonhos e posso sonhar
Na versatilidade sou poeta nato
Sou arisco no assunto feito um gato
Geminiano inquieto, matreiro,
astuto
Quando perco a esportiva a barraca eu chuto
Não levo desaforo para minha casa
Na arte de escrever eu sou fogo , sou
brasa
Sou poeta eclético , inteligente e culto;
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