Lua
, Lula , Gonzaga
(Autor:
Dymas Cyryllo)
O poeta transcende
a alma com verso
Seus poemas são
partes de uma oração
Os seus sentimentos
ele escreve a mão
Dá vida ao que está
sem rumo reverso
Ele faz o côncavo
virar convexo
Torna-se imortal
pela criação
Ele brota o belo através da eclosão
Remonta quem passou
aqui algum dia
Reencarnando os
grandes da poesia
Justificando sua estada, sua missão;
Morenice na cor,
pele acaboclada
Embaixador sagrado
de todo o sertão
Vaqueiro itinerante
com chapéu, gibão
Voz que o ouvido do
nordestino afaga
Lamparina da
cultura que não se apaga
Porque foi o
inventor do baião
Pernambuco, Exu foi sua região
Cantar o nordeste
foi o seu crivo
Não é a toa que seu
nome foi aumentativo
E continua até hoje como Gonzagão;
Quebrou as arestas
do preconceito
De ser moreno pobre
e nordestino
Mas que fez da
sanfona seu destino
Sendo o rei do
baião por direito
Seu estilo de tocar
do seu jeito
Recebeu do excelso
senhor da criação
Seus acordes embelezavam a canção
Só de escutar a satisfação
é tanta
Escutando a estória
da asa branca
Fugindo da seca do nosso sertão;
Ó Luiz que triste
partida
A Acauã agorou-te
não estais aqui não
Pra música foste
ABC do sertão
A morte do vaqueiro
foi tua ida
O fole gemedor
ficou sem guarida
A hora do adeus foi
pura aflição
O assum preto
chorou com o pássaro carão
O poeta emocionado
a voz emperra
Com o ouvinte que
me escuta no pé da serra
Xaxando e lembrando
da musica algodão;
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