Amnésia e Depressão
Literária
(Autor: Dymas Cyryllo)
Tem horas que fico inerte parado
Some as palavras falta criação
Amnésia de estalo , me deu um apagão
Fico analfabeto esquecido tapado
O rimário parece ter sido rasgado
Palavras truncadas , gaga poesia
Pareço demente com dislexia
Feito carro velho não quero pegar
Preciso de um mote pra me empurrar
Pois tô com problema de bateria;
Sem leitura eu fico um poeta lento
Estéril nas letras me falta cria
Sou um traste escritor ,sem alegria
Uma folha solta jogado ao vento
Mesmo preguiçoso eu tento , tento
As estrofes saem à base de empurrão
A métrica sem nexo pura enganação
Décima à força provida de rimas
Não sei se Cirillo ou se sou um Dymas
Eu só sei que sou Dymas o bom ladrão;
Deprimido fico no comportamento
Sem reflexo fico na ortografia
Escrevo sonolento com melancolia
A motivação é débil , sem contentamento
A idéia preguiçosa flui a passos lentos
Os dedos travam querendo parar
O cérebro insiste em querer pifar
Sintomas de ressaca literária
A poesia se torna chula ordinária
E o babaca insiste em querer versar;
Coloco as palavras à prestação
Preguiçoso agora é meu comportamento
Desmotivado escrevo sem contentamento
Sinto-me a deriva feito embarcação
As sinapses trabalham sem conexão
Sinto que as “pobres” querem parar
Alguma coisa me manda continuar
Estou sonolento preguiçoso e fraco
Sou um poeta mambembe caindo aos cacos
Mas eu não desisto pra não me envergonhar;
Parece que tomei remédio controlado
Redijo parando com muita sonolência
Estou relaxado sem muita paciência
Mas pela poesia sou massageado
Tenho a sensação de ser hipnotizado
Alguém ao meu lado me manda escrever
Fico arrepiado sem ninguém ver
Acordo de repente, retorna alegria
Escuto uma viola , uma melodia
Homenagem rimada que faço a você;
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