domingo, 10 de junho de 2012

Politiqueiro - O Anjo enganador


Luzbel 


Eu recordo que um certo candidato
Lá em casa chegou de cara lisa,
Prometeu-me uma calça, uma camisa,
Um chapéu, a gravata e um sapato,
Na parede pregou o seu retrato,
E eu lhe disse: meu voto é do senhor,
Prometeu um pirão de corredor,
Não deu nem a farinha do pirão,
Com três meses depois da eleição
Ele esqueceu o que comigo combinou.

Numa Kombi ele fez sua campanha
Parecia um santo no andô
Com voz forte chamando o eleitor
Pra se aliar a sua grande façanha
Papo treinado continuou sua barganha
De porta em porta apertando mão a mão
Deus lhe pague me eleja meu irmão
Com seu voto eu serei vereador
Depois de eleito eu pago seu favor
Taqui pra tu . jegue , jumento , ganjão;

De voz macia feito flanela de veludo
Só de escutar dava até palpitação
Me convenceu e cheguei a conclusão
Que não votar nele era absurdo
Pensei comigo estou certo não me iludo
O cabra é bom merece aprovação
Hoje pra mim foi pura decepção
Me esqueceu quando passa vira as costas
Outubro vem e vai bater em muitas portas
E com certeza receberá um grande NÃO.


Autor: Dymas Cyryllo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário