segunda-feira, 25 de junho de 2012

Declames de um Politiqueiro que morreu e foi pro Inferno





Politiqueiro que foi  pro Inferno

Eu venho lá do inferno
Que mora a mulher mundana
O purgatório moderno
De se vender carne humana
Lá eu fui incendiado
Pelas chamas do pecado
As labaredas do mal
Nesse antro de miséria
Vi o fogo da matéria
Incendiando a moral.

Três anjos, três inocências
Vivem assistindo a um drama
Caem três pingos de essência
Na imundície da lama
Nesse mocambo sem telhas
Vêem-se pequenas centelhas
Da lamparina do ódio
Essa coivara medonha
Onde queimei a vergonha
Nas chamas desse episódio;

Chorei vendo três crianças
De um até sete anos
Chorando três esperanças
Na lama dos desenganos
E a dona dessa maloca
Quando em vez de dono troca
Vende as carnes, compra o pão
Deus, das alturas olhando
Vendo três honras chorando
Nas portas da corrupção.

Eu também bebi do vinho
Na imundície da mesa
Toquei na ponta do espinho
Da flor daquela impureza
Foi tamanho o meu desgosto
Vendo as manchas no meu rosto
Dos beijos que Judas deu
Menti! Judas não beijou-me
Foi ela que enganou-me
Com os beijos que me vendeu.

Eu sou boêmio e poeta
Ela é devassa e mundana
Eu canto a vida completa
Nas queixas da raça humana
Quando eu lamento é sentindo
Quando ela chora é fingindo
Que sente do mundo a dor
Enquanto honro o trabalho
Ela se vende a retalho
No tabuleiro do amor.

Terminei minha jornada
Ela siga seus caminhos
Não piso mais nessa estrada
Atapetada de espinhos
Deixem descansar meus pés
Das caminhadas cruéis
Desses tormentos sem fim
Quem quiser siga com ela
Que em vez de ter raiva dela
Fiquei com nojo de mim!


Haja enxofre e fogo pra queimar os politiqueiros de Brasilia , Bahia e Paulo Afonso....

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