Luzbel
Eu recordo que um
certo candidato
Lá em casa chegou de cara lisa,
Prometeu-me uma calça, uma camisa,
Um chapéu, a gravata e um sapato,
Na parede pregou o seu retrato,
E eu lhe disse: meu voto é do senhor,
Prometeu um pirão de corredor,
Não deu nem a farinha do pirão,
Com três meses depois da eleição
Ele esqueceu o que comigo combinou.
Lá em casa chegou de cara lisa,
Prometeu-me uma calça, uma camisa,
Um chapéu, a gravata e um sapato,
Na parede pregou o seu retrato,
E eu lhe disse: meu voto é do senhor,
Prometeu um pirão de corredor,
Não deu nem a farinha do pirão,
Com três meses depois da eleição
Ele esqueceu o que comigo combinou.
Numa Kombi ele
fez sua campanha
Parecia um santo
no andô
Com voz forte
chamando o eleitor
Pra se aliar a
sua grande façanha
Papo treinado
continuou sua barganha
De porta em porta
apertando mão a mão
Deus lhe pague me
eleja meu irmão
Com seu voto eu
serei vereador
Depois de eleito
eu pago seu favor
Taqui pra tu . jegue
, jumento , ganjão;
De voz macia
feito flanela de veludo
Só de escutar
dava até palpitação
Me convenceu e
cheguei a conclusão
Que não votar nele
era absurdo
Pensei comigo
estou certo não me iludo
O cabra é bom
merece aprovação
Hoje pra mim foi
pura decepção
Me esqueceu
quando passa vira as costas
Outubro vem e vai
bater em muitas portas
E com certeza
receberá um grande NÃO.
Autor: Dymas Cyryllo
Nenhum comentário:
Postar um comentário