Um poema de Marco Haurélio
VAMOS CASTRAR OS CORRUPTOS !
Nos rincões
do meu nordeste
Corrupto é como traça.
Em meio a tanta desgraça
Para se achar um que preste
De paciência um teste
Grande precisa ser feito…
Porém não tendo proveito,
Não despreze o movimento:
Na roça busque um jumento
E o candidate a prefeito.
Corrupto é como traça.
Em meio a tanta desgraça
Para se achar um que preste
De paciência um teste
Grande precisa ser feito…
Porém não tendo proveito,
Não despreze o movimento:
Na roça busque um jumento
E o candidate a prefeito.
É
possível que o muar
Possua mais requisitos
Que todos estes malditos
Que vivem a nos afanar.
Pois já ouvimos cantar
O grande Rei do Baião:
O jumento é nosso irmão.
E se a coisa ficar ruim
Basta um pouco de capim
De propina pro gangão.
Possua mais requisitos
Que todos estes malditos
Que vivem a nos afanar.
Pois já ouvimos cantar
O grande Rei do Baião:
O jumento é nosso irmão.
E se a coisa ficar ruim
Basta um pouco de capim
De propina pro gangão.
No
sertão de onde venho
No exercício do poder
Tem camundongo a valer
Mais que abelha em engenho,
Portanto, não me abstenho
De buscar a solução
Com a caneta na mão
E a consciência tranqüila
Pra pôr fim nessa quizila,
Gritando: ”Pega ladrão!”
No exercício do poder
Tem camundongo a valer
Mais que abelha em engenho,
Portanto, não me abstenho
De buscar a solução
Com a caneta na mão
E a consciência tranqüila
Pra pôr fim nessa quizila,
Gritando: ”Pega ladrão!”
Ah
se Lampião voltasse
Com um punhal amolado
E uma ruma de safado
No sertão ele pegasse,
No xiquexique amarrasse,
No pino do meio-dia,
Talvez a velhacaria
Desta forma se extinguisse,
E toda essa imundície
Na marra se limparia.
Com um punhal amolado
E uma ruma de safado
No sertão ele pegasse,
No xiquexique amarrasse,
No pino do meio-dia,
Talvez a velhacaria
Desta forma se extinguisse,
E toda essa imundície
Na marra se limparia.
Portanto,
proponho agora:
Que se castre o mau político
Do fortão ao mais raquítico,
Que nenhum fique de fora!
E, se não houver melhora
Para o quadro de indecência,
Com um pouco de paciência,
O mal será debelado,
Pois esse traste capado
Não terá mais descendência!
Que se castre o mau político
Do fortão ao mais raquítico,
Que nenhum fique de fora!
E, se não houver melhora
Para o quadro de indecência,
Com um pouco de paciência,
O mal será debelado,
Pois esse traste capado
Não terá mais descendência!
E
os tão nojentos afagos
Por certo chegam ao fim
Eliminando-se assim
De uma só vez os estragos,
Pois, pela ausência de bagos,
Nem que o castelo desabe,
Nem que o mundo velho acabe,
Vem a salvação dos povos:
Em não havendo mais ovos,
Não haverá quem os babe!
Por certo chegam ao fim
Eliminando-se assim
De uma só vez os estragos,
Pois, pela ausência de bagos,
Nem que o castelo desabe,
Nem que o mundo velho acabe,
Vem a salvação dos povos:
Em não havendo mais ovos,
Não haverá quem os babe!
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