Vereador
lendo a lista
Chamada de ata , rebu
Cheio de raiva , lundu
Com paletó amassado
Um companheiro ao seu lado
Com pose de um doutor
Pede uma UTI por favor
Pensando em ser atendido
isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Chamada de ata , rebu
Cheio de raiva , lundu
Com paletó amassado
Um companheiro ao seu lado
Com pose de um doutor
Pede uma UTI por favor
Pensando em ser atendido
isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
três
edis rimunhentos
Criticando a gestão
Cabras da oposição
Cheios de ressentimento
Usam todo o seu tempo
Dando no prefeito tacada
Plateia dando risada
Das pérolas do vereador
O dicionário sentindo dor
Com tanto erro proferido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Criticando a gestão
Cabras da oposição
Cheios de ressentimento
Usam todo o seu tempo
Dando no prefeito tacada
Plateia dando risada
Das pérolas do vereador
O dicionário sentindo dor
Com tanto erro proferido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Com
paletó de flanela
linguagem muito astuta
As mãos parecem batuta
Conversa muita balela
Baboseira sai da goela
Faz vergonha a bancada
Não se aproveita nada
Deste edil vereador
O linguajar um horror
Fala mal e é aborrecido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
linguagem muito astuta
As mãos parecem batuta
Conversa muita balela
Baboseira sai da goela
Faz vergonha a bancada
Não se aproveita nada
Deste edil vereador
O linguajar um horror
Fala mal e é aborrecido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
È um poço
da asneira
Quando vai pronunciar
O povo querendo olhar
Um projeto de primeira
É um coça coça na cadeira
Futuca em cima e embaixo
Tem muito fogo no facho
Pra criticar o gestor
Se esqueceu do eleitor
Que lhe deu o pretendido
isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Quando vai pronunciar
O povo querendo olhar
Um projeto de primeira
É um coça coça na cadeira
Futuca em cima e embaixo
Tem muito fogo no facho
Pra criticar o gestor
Se esqueceu do eleitor
Que lhe deu o pretendido
isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Um
legislador cangueiro
Bom de gogó e bravata
No pé um par de alpercata
No bolso muito dinheiro
Nos negócios um trambiqueiro
Cabeça de lagartixa
Ignorante arrota , rixa
Corre do pobre credor
Um edil mal pagador
Rei do cheque sem fundo vencido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Bom de gogó e bravata
No pé um par de alpercata
No bolso muito dinheiro
Nos negócios um trambiqueiro
Cabeça de lagartixa
Ignorante arrota , rixa
Corre do pobre credor
Um edil mal pagador
Rei do cheque sem fundo vencido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
No plenário
uma risadinha
No ombro do outro ele toca
Mestre em fazer fofoca
Pra brigar galo de rinha
Cacarejo de galinha
Vendo ele me distraio
O coitado é papagaio
Das perolas faz bom humor
Senta o pau no locutor
Dizendo o “desdizido”
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
No ombro do outro ele toca
Mestre em fazer fofoca
Pra brigar galo de rinha
Cacarejo de galinha
Vendo ele me distraio
O coitado é papagaio
Das perolas faz bom humor
Senta o pau no locutor
Dizendo o “desdizido”
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Um documento
mostrando
Denúncias de um tempo atrás
Um puxa encolhe leva e trás
Edil na cadeira roncando
O presidente alertando
Pra ele não bagunçar
Insiste em denunciar
Com fúria de brigador
Se mostra o salvador
Justiceiro destemido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Denúncias de um tempo atrás
Um puxa encolhe leva e trás
Edil na cadeira roncando
O presidente alertando
Pra ele não bagunçar
Insiste em denunciar
Com fúria de brigador
Se mostra o salvador
Justiceiro destemido
Isso é cagado e cuspido
Câmara do interior
Feito um bezerro ele berra
Mas não tem apoio não
Cansado sem motivação
Sua prosa se encerra
Ele é filho da terra
Entende que é terça feira
A sessão lhe deu canseira
É muito trabalhador
Ele é o vereador
O home mais divertido
isso é cagado e cuspido
Câmara do interior;
Esse personagem é fictício . Se porventura tiver semelhança com alguém , desconsidere . O mundo da poesia não tem limites...
Autor: Dymas Cyryllo : Poeta paraibano das hostes sagradas de Taperoá.
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