Na
politicalha rico se finge de pobre
Anda de
havaiana , pés descalços no chão
Usa chapéu de
couro , veste gibão
Fica
esmolambado , mas é esnobe
Finge que
ajuda e até acode
Paga missa
pra defunto de sete dias
Reza pai
nosso e dez “ave Marias”
Rosário
apressado e salve rainha
Pensando
consigo essa vitima é minha
E sete de
outubro será o grande dia;
Come tira
gosto de milho e canjica
Bebe uísque druris
com sopa quente
Leva dedada
do povo , da gente
Carrega bêbado
que de pé não fica
Paga
petisco de rolinha , peitica
Dá casca de
pau , montila e pitu
Chupa
siriguela , quixaba , umbu
Dá ô de casa
em casa oca
Vê no voto
do pobre uma bela boca
Aqui , no
mato e no mulungu...
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